Somos
náufragos agarrados à efêmera vida humana
Um
sopro separa a infância e a velhice
Somos
um punhado de barro a ser moldado
Árvores
arqueadas, vidas envergadas
Na
tentativa de viver como se a terra fosse céu
Pouco
resiste a dissolução do tempo
Cheiro
de eternidade
Dor
para abrir a tolerância
Amor
para lapidar o Ser
Na
sensatez, a filha do silêncio,
Queremos
sentir as fragrâncias do eterno
E no
mistério da transcendência
Temos
o frescor dos sedentos
Sonhamos
os sonhos que a alma cultiva
Canções
que as crianças embalam
Gratuidade
da natureza nas flores
Amor
com indefinível intensidade
Louvores
e renúncias na alameda da vida
No
tempo de inconsistência
Peso
da carne, leveza do espírito
A vida
já não teme a morte
É
viajar para dentro de ser serenidade
Exercício
de paciência e caridade
Há
anos que não valem um dia
Viajei
na mesma idade inúmeras vezes...
O
silêncio do ar, o silêncio da morte
Um
doce e gracioso sussurro de Deus.
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