Gosto
indizível de menino pensativo
Que vive só
de viver
Que derrete
a adolescência
E reinventa
a velha voz
Nas novas
maneiras de sentir
O estar e o
pulsar dentro das letras.
Na incerteza
da história
Feliz com a
mentira
No mundo do
esconde-esconde
Escala as
tranças da literatura
Exala a
fragrância do verbo
Areando os
dentes da linguagem
Na lógica da
contradição
No resgate
da unidade perdida.
Num cheiro
de terra molhada
Do sabor de
chuva salgada
Ouve a
goteira na lata
Abre mão do
seu silêncio
Vozes
inaudíveis
Na vontade
de eclodir na frase bifurcada
Na loucura
mansa pelo texto humano
Tão recheado
de construções imaginárias
Com cheiros
e sabores de signos.
É o
desmanchar-se em leituras
É a alma de
escrituras
É a língua
descarnada e concisa
É a risada
escancarada da poesia
Predadora do
poema menino.
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