No
clássico sentimento que alimenta a literatura
O
simples zelo do ciúme transforma-se em obsessão
Realidade
fúnebre irradiada da mente insana de amor
Masmorra
construída com as pedras do coração.
E
esse ciúme como sinônimo de cuidado
Passa
a ser a verdade na mentira que se vê
Busca
frenética de confirmações de suspeitas
Exercício
absurdo de perseguições imaginadas
Angústia
e tormento da eterna rivalidade
Para
o ciumento, as relações
Surgem
sorrateiras e molestantes
Amor
e dor de troca torturante
Face
competitiva da inveja de amar
Essa
sensação se infiltra avassaladoramente
Como
ausência ou excesso de amor
O
cuidar transforma-se em possuir
Foge
da razão, libera a emoção
Denuncia
a falha da insegurança intima
E
nessa conduta obsessiva
A
moeda paga é o desconforto do apego
Pelo
medo de perder o objeto tão desejado...
Ciúme
excessivo tem lente de aumento
Um
intruso que ameaça a propriedade exclusiva...
Eis
a grande sobra da inquietação
Potencialização
da insegurança
Que
assombra a paz de espírito
Que
excita o pavor do abandono...
E
se contido o fogo do ciúme
O
que resta como vitória e prêmio
É
a solidão, Companheira inseparável do ciumento!
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