quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Premiação e Laureação. Estou feliz!

Estou muito feliz! Dia 12/11 tomo posse como Comendadora da Academia de Letras de Goiás e o meu livro Poesia um Recorte temporal foi indicado como Melhor Livro de Poesia do Prêmio Literart 2011 no Hotel Plaza In em Goiânia. Confiram.http://www.academiadeletrasdegoias.com.br/

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O BEIJO DA FANTASIA - breve publicaçao impressa




Alguns dizem que a fantasia é o esconderijo dos fracos,
O calmante dos medrosos, mas
Falta-lhes experimentar o veneno da vida
A solidão do mundo sem o Amor e
O farfalhar do desejo irrealizável.

Meus olhos se escondem atrás das lembranças
E uma lágrima serpenteia meu rosto
É o sofrer na carne a sua ausência
Sorvendo indeléveis sabores da desistência.

Alguns dizem que a felicidade é uma questão de invenção

Mas não sei mais inventar, tenho a identidade atrofiada
Por uma tristeza que paralisa,
Um alzheimer coagido no mundo das lembranças
Penso nos beijos que até hoje esperam ser beijados...

Não é o sobreviver ao tempo de espera
E sim o viver do tempo certo, com intensidade,
Alimentado por sorrisos trocados e corações tocados.
Preciso fantasiar a normalidade imposta pela vida,
Odeio essa irritante mesmice da normose!

Infantil Ciúme - Livro Histórias para dormir II

Infantil Ciúme

A nossa vida são as pessoas que amamos:
Sorrisos trocados e corações tocados.
A criança dedilha o mundo e suas histórias
Essa inocência chama a mão do poeta,
Despedaça a dúvida e fala:
- Esquisito! Meus pais gostam de sentir
O cheiro do filho que nem nasceu ainda...

A raiva me pega no colo
Laça o meu pensamento
E entre tombos e arranhões
A imensidão de ciúmes toma conta de mim:
Sacode minha cabeça e belisca minha alma.

Meu irmão chegou de fininho,
De mansinho como passos de gato,
Numa simplicidade de gotinhas de orvalho.
Me senti quadrado numa piscina de bolinhas,
Uma nuvem preguiçosa que não sabe a direção do vento...
Agora, resta voltar a fazer xixi na cama,
Acreditar (de novo) que a descarga do vaso vai me engolir
E que serei afogado pelo dilúvio no banheiro...

De repente, uma voz suave escorreu no meu ouvido,
Acariciando o coraçãozinho de quem ama (o amado sou Eu)
Falando com as mãos mágicas para me tocar,
Numa felicidade disfarçada em criança solta no parque,
Que corre e ri feliz nos mundos da fantasia e de verdade.

Agora, alimentado de amor, quero que minha casa
Fique sempre cheia de bochechas rosadas e macias,
Pequenos irmãos para chamar de amores e de amigos.
Nessa história, descobri que não sou mais criança, mas
Não preciso crescer tão rápido,
Posso amar e esperar meu irmão crescer comigo.
Descobri que ninguém nasce adulto, isso é fantástico...
E que ninguém pode ser sempre criança, isso é maravilhoso...
Isso é a maravilha de Deus, que também é menino, meu irmão!




Anjo dos Vermes - Concurso/ Prêmio Augusto dos Anjos

Eu sou o único Livro das páginas do Eu
Escrito a sangue por direito e por poesia
Um Augusto rubro, repugnante e cardíaco
Um Eu notívago, das sombras e dos vermes.

Nas asas falhas da podridão constato
A existência do Alfa e do Ômega que se dissolve
Na repugnância do escarro do viver
Na textura doentia do sangue apodrecido
Que esguicha o preto das vísceras deterioradas.

Eu, poeta do Livro Eu,
Pedaço dilacerado da morte e da vida,
Mostro o monstro da demolição e da fatalidade
Dos valores e sonhos humanos... Vampirescos...

No mundo hipocondríaco de escuridão e de ruínas
Crio com asco e terror, Poemas construtores,
Carnes agonizantes, corroídas e devoradas
Dos Anjos da Poesia.

O Anjo dos Vermes - Concurso/Prêmio Augusto dos Anjos.

Eu sou o único Livro das páginas do Eu
Escrito a sangue por direito e por poesia
Um Augusto rubro, repugnante e cardíaco
Um Eu notívago, das sombras e dos vermes.

Nas asas falhas da podridão constato
A existência do Alfa e do Ômega que se dissolve
Na repugnância do escarro do viver
Na textura doentia do sangue apodrecido
Que esguicha o preto das vísceras deterioradas.

Eu, poeta do Livro Eu,
Pedaço dilacerado da morte e da vida,
Mostro o monstro da demolição e da fatalidade
Dos valores e sonhos humanos... Vampirescos...

No mundo hipocondríaco de escuridão e de ruínas
Crio com asco e terror, Poemas construtores,
Carnes agonizantes, corroídas e devoradas
Dos Anjos da Poesia.