Alguns
dizem que a fantasia é o esconderijo dos fracos,
O
calmante dos medrosos, mas
Falta-lhes
experimentar o veneno da vida
A
solidão do mundo sem o Amor e
O
farfalhar do desejo irrealizável.
Meus
olhos se escondem atrás das lembranças
E
uma lágrima serpenteia meu rosto
É
o sofrer na carne a sua ausência
Sorvendo
indeléveis sabores da desistência.
Alguns dizem que a felicidade é uma
questão de invenção
Mas
não sei mais inventar, tenho a identidade atrofiada
Por
uma tristeza que paralisa,
Um
alzheimer coagido no mundo das lembranças
Penso nos beijos que até
hoje esperam ser beijados...
Não é o sobreviver ao
tempo de espera
E sim o viver do tempo
certo, com intensidade,
Alimentado por sorrisos trocados e
corações tocados.
Preciso fantasiar a normalidade imposta pela vida,
Odeio essa irritante mesmice da
normose!
Nenhum comentário:
Postar um comentário