quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Perdição de Amor



 

Alguém me fez um pedido indecente
Que eu imaginasse e fizesse um poema quente.
Decidi fazer o que vejo no desejo
Oculto nos olhos de cada um.
Vejo um coração ex-vazio e vadio
Antiga presença e constante perfume
Perdição de saborear um dentro do outro.

Qual o meu nome? E o seu? Não interessa...
Interessa é o eco do querer e cobiçar.
Imprudência do desejar no apetecer.
Perdição do amar sentenciado ao prazer.

O pulso bate na cadência da satisfação
Quer vestir algo da cor de excitação
Devorar languidamente o corpo flamejado
Na carne trêmula que sente úmida.
Perdição de desejo na saliva adocicada.

O seu corpo nu, muita intimidade
O meu corpo entregue, êxtase...
Mãos ousadas, possessivas,
Bocas intrusas, dentes molhados,
Lábios saborosos, línguas desejosas,
Beijos pertencidos, amores cobiçados.
Perdição de desmaiar nos seus braços.

Tantos soluços no toque dos seus dedos,
Revolver as entranhas e galopar nos lençóis
Fazer amor querendo mais em ardentes gemidos
Estonteante onda de calor que emana do seu suor.
Perdição de saciar no seu corpo.

E eu encabulada, excitada, entorpecida,
Arfando cansada em seu peito
Estou louca e desfaleço.
Um incontrolável fundir de corpos,
Perdição de prazer e amor travesso.
O meu corpo sorri, sai e sacia o seu.
Perdição de querer o seu gozo.














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