quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

BEIJO ÁCIDO





Encolho-me num canto
E encantoado
A saudade permanece
Cúmplice na infelicidade e
Enfrento a difícil tristeza:

É a blindagem do medo
É o balaço do amar
É o beijo colhido tarde demais.

E no despedaçado do beijo
Aniquilador de momentos
Demolidor de fantasias
Sou o enervante compasso
Das dores absolutas:

É a fuga da sanidade
É a desistência da fantasia
É o beijo interrompido cedo demais.

Não há encontros, só desencontros
O nome da jóia beijada era
Cabelos amendoados
Torturador de dores e amores
A responder acidamente:

É o beijo proibido de beijar
É o beijo engolido por outros beijos
É o beijo a salivar na própria língua

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