Amanhecemos juntos, o quarto e eu.
Mais uma manhã para explodir-me em
mais desculpas
No meu anestesiamento afetivo.
Sempre tardo e não falho em
Falhar no tardar da vida.
Já vivi uma Seven Life,
Fui
várias vidas dos outros no lugar da minha,
Já sobrevivi a uma Second life
Na floresta desencantada da meia
idade.
Na estiagem temporal da juventude,
Em que o meu presente foi o futuro
do passado dos outros,
Vivo no mundo secreto dos adultos
silenciosos.
Um silêncio sem mensagem.
Um silêncio sem sabor e voz.
Sou
filha da pressa na moradia de milhões de nós e do pouco eu.
Trago como herança o esbaforimento,
a inquietude,
A falta do meu próprio ar e a
cobrança de movimento do meu desejo.
Não interessa se há um alguém ou um
ninguém, não existe o eu.
E eu permaneço ali deitada e nua...
Visto apenas duas gotas de
perfume...
Vida e morte.
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