Somos
a soma e o resto dos divididos
Almas
antigas, uma para o outra...
E
na soma restante dessa divisão
Somos
transfigurados, contados e impressos
Reconstruindo
nossos pedaços em versos e reversos.
Claudicantes
e capengas na vida amorosa,
Residimos
na terceira margem do rio,
E
moramos às margens da estrada deserta.
O
desejo amolece e endurece o não dito,
A
boca acaricia o verbo, enfeitiça o sentir...
E
sinto absurdamente a sua falta.
Vivemos
sentimentos incontroláveis e perigosos...
Acrescentando,
retirando e sobrando saudades,
Contando,
amando e perdendo o ponto do amor.
A
vida anula nossos nomes e números,
São
zeros e neutros implacáveis e doloridos,
Neutralizamos
e zeramos o acréscimo no viver.
O
que sentimos é incontável...
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