A amargura aperta o peito sem pedir licença
Preciso tirar férias de mim mesmo
Assumo compromisso com o sonho:
Rosa noturna onde perder-se é encontrar-se.
Somos movidos a sonhos e parados pelas sensações.
Minha carga interior pesada se despe
No travesseiro para abafar o grito ou choro
Diante da labuta existencial
São devaneios sociais na minha realidade frágil.
Somos movidos a sonhos e empurrados pelas decepções.
E esse devorador de mentes, saciador de amores e dores
Construtor e caçador de tristezas
Provedor e consumidor de esquecimentos
Sepulta a idéia imensa e intensa
Impregnada no mundo que descobre
Como é engraçado ter que viver uma vida sem graça.
Somos movidos a sonhos e acelerados pelas ilusões.
O sonho investe na aceleração absurda da vida
Catapulta o humano para um novo estágio
Cede lugar a vivências passageiras
Nos travesseiros que afofam os discursos:
Os opostos se distraem e os dispostos se atraem
Sem jamais perder o sonho na coisa do Nada.
Somos movidos a sonhos e vividos pelas razões
Nenhum comentário:
Postar um comentário