domingo, 13 de junho de 2010

TEMPONOSSAURO REX - Bienal Internacional de Minas Gerais - maio 2010

O sem cessar do tic tac condiciona a vida.
Não vivemos somos vividos.
O homem, escravo e senhor do tempo,
Não muda, só cronometra mudanças
Registra memórias e teme a fugacidade.

O tempo, transformador e construtor,
Cede lugar a vivências passageiras
Promove esquecimentos e traz experiências
É o nosso legado de oportunidades e escolhas
Nos movimentos díspares e singulares.

Na face de deus Chronos, devorador das coisas,
Torna-se implacável: destruidor, consumidor, controlador
O tempo novo engole, traga o tempo desgastado.
E a transitoriedade, medo e anseio humano,
Devora, rumina e digere o devir.

Mas esse divisor de momentos da eternidade
É também o provedor de possibilidades
O criador, o renovador e o ciclicador das coisas
Faz dos nossos erros oportunidades, aprendizagens
Consome tristezas e é o Guardião do Amor.

A essência do tempo não está nas horas gastas
E sim no prazer do momento, no congelar do relógio,
Pois velhice não degenera o homem, só regenera
Empresta um segmento de identidade
Já que não suportamos o peso da eternidade.

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