terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Perdição de Amor




Alguém me fez um pedido indecente

Que eu imaginasse e fizesse um poema quente.

Decidi fazer o que vejo no desejo

Oculto nos olhos de cada um.

Vejo um coração ex-vazio e vadio

Antiga presença e constante perfume

Perdição de saborear um dentro do outro.



Qual o meu nome? E o seu? Não interessa...

Interessa é o eco do querer e cobiçar.

Imprudência do desejar no apetecer.

Perdição do amar sentenciado ao prazer.



O pulso bate na cadência da satisfação

Quer vestir algo da cor de excitação

Devorar languidamente o corpo flamejado

Na carne trêmula que sente úmida.

Perdição de desejo na saliva adocicada.



O seu corpo nu, muita intimidade

O meu corpo entregue, êxtase...

Mãos ousadas, possessivas,

Bocas intrusas, dentes molhados,

Lábios saborosos, línguas desejosas,

Beijos pertencidos, amores cobiçados.

Perdição de desmaiar nos seus braços.



Tantos soluços no toque dos seus dedos,

Revolver as entranhas e galopar nos lençóis

Fazer amor querendo mais em ardentes gemidos

Estonteante onda de calor que emana do seu suor.

Perdição de saciar no seu corpo.



E eu encabulada, excitada, entorpecida,

Arfando cansada em seu peito

Estou louca e desfaleço.

Um incontrolável fundir de corpos,

Perdição de prazer e amor travesso.

O meu corpo sorri, sai e sacia o seu.

Perdição de querer o seu gozo.





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