sábado, 9 de junho de 2012

CHUVA PASSANTE

Sou passante no sol da poesia

É pura subjetividade no lamaçal dos janeiros

E na pequenez da existência comum

Há paixão para transbordar a vida.

A simplicidade oferece algo mágico

A chuva murmura o seu nome

Enquanto o mar leva a forma e o rosto

Emerge diferente para os olhos da alma.

Meu coração está preso nas brumas rosadas

Aromas florais perambulam livres

Ramos verdes espreguiçam-se nos seios da relva

A água lambe os calcanhares na casa das sereias.

E na chuva salgada saboreio o Amigo Amor Amável

Corpo de mel e sentido latejante num vento que arrepia

Zunir poético na maciez da rosa sem espinhos

Cascata que lava e leva o calor das águas de março

Um céu sem tempestade: santuário da reflexão

Ter ouvidos para o silêncio

Ter olhos para o invisível

Leveza e sinestesia da felicidade humana

Deliro... Natural e feliz: Isso é tudo.

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