Sou passante no sol da poesia
É pura subjetividade no lamaçal dos janeiros
E na pequenez da existência comum
Há paixão para transbordar a vida.
A simplicidade oferece algo mágico
A chuva murmura o seu nome
Enquanto o mar leva a forma e o rosto
Emerge diferente para os olhos da alma.
Meu coração está preso nas brumas rosadas
Aromas florais perambulam livres
Ramos verdes espreguiçam-se nos seios da relva
A água lambe os calcanhares na casa das sereias.
E na chuva salgada saboreio o Amigo Amor Amável
Corpo de mel e sentido latejante num vento que arrepia
Zunir poético na maciez da rosa sem espinhos
Cascata que lava e leva o calor das águas de março
Um céu sem tempestade: santuário da reflexão
Ter ouvidos para o silêncio
Ter olhos para o invisível
Leveza e sinestesia da felicidade humana
Deliro... Natural e feliz: Isso é tudo.
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