sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O tempo não cura nada



O tempo não cura nada,
Apenas tira do centro de atenções o incurável.
A saudade não escolhe vítimas e
A procura insana anda ao lado do desejo
Que insiste na coragem de se arriscar.
Ainda não entendo que traição é
A troca da necessidade pela prioridade.

Admito que tenho as mãos fortes,
Mas joelhos fracos para cair aos seus pés e
Só consigo me enxergar dentro dos seus olhos.
Sinto-me menos objeto e mais humana, mas ainda
Arrasto minhas pernas até você e deixo meu coração cair
Porque todas as minhas lágrimas só possuem um nome...

Alguém sem juízo, desprovido de estabilidade
Olhos de mil perguntas e nenhuma palavra
Que mastiga, devora e digere os meus sentidos.
Alguém sabedor de que outros corpos são apenas lições
Para o encontro verdadeiro...
Um sentimento de querer bem e bem cuidar em que
Um = dois
Diferente de todos ou igual a um duplo
É... O tempo faz esquecer, mas só até ele voltar e
E me fazer lembrar o esquecido, tudo de novo.

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