Eu sou o único Livro das páginas do Eu
Escrito a sangue por direito e por poesia
Um Augusto rubro, repugnante e cardíaco
Um Eu notívago, das sombras e dos vermes.
Nas asas falhas da podridão constato
A existência do Alfa e do Ômega que se dissolve
Na repugnância do escarro do viver
Na textura doentia do sangue apodrecido
Que esguicha o preto das vísceras deterioradas.
Eu, poeta do Livro Eu,
Pedaço dilacerado da morte e da vida,
Mostro o monstro da demolição e da fatalidade
Dos valores e sonhos humanos... Vampirescos...
No mundo hipocondríaco de escuridão e de ruínas
Crio com asco e terror, Poemas construtores,
Carnes agonizantes, corroídas e devoradas
Dos Anjos da Poesia.
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